A presente resenha é fruto da análise do trabalho dos professores
Fernando A. M. de Mattos e Gleison J. N. Chagas intitulado "Desafios para
a inclusão digital no Brasil". Os autores abordam no ensaio em análise o
conceito de inclusão digital, sua problemática, a questão dos índices
utilizados pelo governo brasileiro, para quantificar o acesso ás novas
tecnologias, bem como discorrem sobre a importância de políticas públicas para
implementação da cultura de inclusão digital no Brasil.
Antes, de adentrar no caso
brasileiro, os autores evidenciam que a Sociedade de Informação criada pela
última revolução tecnológica, foi capaz de aprofundar o descompasso existente
entre os países. Ademais, entende os autores do artigo em questão que, a nova
Sociedade de Informação é uma transformação do capitalismo acumulativo
existente e não uma mudança de modelo e/ou paradigma. Os autores quando
verberam sobre as formas como se apresentam os índices de inclusão digital são
contundentes ao criticar os resultados aferidos, pois os mecanismos existentes
não são capazes de mensurar a relação entre capacidade de compreensão e as
potencialidades oferecidas pelas Tecnologias de Informação (TIC).
Segundo os autores, tal relação não pode ser desconsiderada para o contexto brasileiro, em razão do elevado grau de desigualdade na educação formal das pessoas (assimetria informacional). Indo adiante, os autores demonstram como a concentração de renda no Brasil é um dos principais fatores geradores da exclusão digital. Para isso, apresentam dados oficiais para arrimar seu raciocínio. Neste ponto, concluem que os melhores índices de inclusão digital se concentram nos estados da federação que possuem as mais altas rendas per capitas, o que reforça a teoria que o grau de desigualdade regional e pessoal de renda se reflete no grau de inclusão digital. Contudo, os autores são realistas ao informarem que a rede de internet, por exemplo, vem se expandindo no Brasil desde a segunda metade da década de 1990. Lado outro, revela que o fator deste crescimento se deu principalmente pelas “forças de mercado”, e não por meio de políticas públicas voltadas a inclusão digital da população.
Segundo os autores, tal relação não pode ser desconsiderada para o contexto brasileiro, em razão do elevado grau de desigualdade na educação formal das pessoas (assimetria informacional). Indo adiante, os autores demonstram como a concentração de renda no Brasil é um dos principais fatores geradores da exclusão digital. Para isso, apresentam dados oficiais para arrimar seu raciocínio. Neste ponto, concluem que os melhores índices de inclusão digital se concentram nos estados da federação que possuem as mais altas rendas per capitas, o que reforça a teoria que o grau de desigualdade regional e pessoal de renda se reflete no grau de inclusão digital. Contudo, os autores são realistas ao informarem que a rede de internet, por exemplo, vem se expandindo no Brasil desde a segunda metade da década de 1990. Lado outro, revela que o fator deste crescimento se deu principalmente pelas “forças de mercado”, e não por meio de políticas públicas voltadas a inclusão digital da população.
Por isso, reforçam a necessidade de que o governo deve atuar através de políticas públicas para manter o ritmo de crescimento do acesso à internet, bem como deve superar o duplo desafio de suprir antigas deficiências e criar novas competências requeridas pelas necessidades culturais e socioeconômicas da sociedade, no contexto da inclusão digital. Ultrapassada as questões suscitadas pelos autores, vale à pena ponderar que o texto em análise consegue abordar historicamente o resultado obtido no mundo com o advento de novas tecnologias, qual seja, o aumento do abismo existente entre países e pessoas por conta do “monopólio informacional”. É cediço que quem detém informação detém o poder. Assim, o Brasil deve criar medidas que consigam reduzir a assimetria informacional, visando à redução do hiato existente entre o nosso país e outros (análise da realidade externa); e, entre os próprios brasileiros localizados em classes socioeconômicas diferentes. Por fim, o texto conclui que políticas públicas sérias devem ser criadas e implementadas para reduzir a exclusão digital que acomete a maioria da população brasileira.